Engenharia no Futuro
As metrópoles brasileiras têm enfrentado nos últimos anos o que podemos chamar de uma “crise da mobilidade urbana resultante, sobretudo, da opção pelo modo de transporte individual em detrimento das formas coletivas de deslocamento”.
O ritmo de crescimento no número de veículos supera o da população na maioria dos casos. Um sistema eficiente de mobilidade é essencial para o acesso ao mercado de trabalho, à educação, ao consumo e ao lazer, ou seja, é uma condição fundamental para a construção do chamado bem estar urbano.
As metrópoles brasileiras terminaram o ano de 2011 com mais de 20 milhões de automóveis. Notamos assim o crescimento do número de automóveis e motocicletas, veículos que predominam hoje no tráfego urbano nas metrópoles brasileiras. Os dados foram coletados junto ao Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), que disponibiliza, na internet, informações sobre a frota licenciada. No web site do departamento é possível acessar as informações das frotas municipais para cada mês do ano, utilizando sempre a frota nacional no mês de dezembro.
O automóvel é definido pelo Código Brasileiro de Trânsito (CTB) como um automotor destinado ao transporte de passageiros, com capacidade para até oito pessoas, exclusive o condutor.
Incluí-se na categoria automóvel as camionetes e camionetas, pressupondo que são veículos particulares que compõem o tráfego urbano. Na categoria motocicletas considera-se também as motonetas.
Em 2011 o número de automóveis nas metrópoles brasileiras atingiu a marca de 20.525.124 veículos. Este número representa aproximadamente 44% de toda a frota brasileira. Nessas metrópoles, entre 2001 e 2011, houve um aumento de mais de 8,9 milhões de automóveis, aproximadamente 77,8%. Em média, foram adicionados mais de 890 mil veículos por ano.
São Paulo, a metrópole mais populosa, conta com a maior frota, aproximadamente 8,2 milhões, o que equivale a 17,8% de toda a frota