Engenharia mecânica
Aplicado a Bacia do Sudeste
Ariel Kaplan, André Schaan Casagrande, Ignacio Iturrioz, Pablo Diego Didoné
Introdução
O Transporte Hidroviário Interior (THI) utilizado como solução logística é, definitivamente, o mais econômico, seguro e de menores impactos ambientais, desde que existam condições adequadas como carga e um Sistema Hidroviário Interior (SHI) organizado. Nesse sistema, tanto os aspectos físicos quanto funcionais devem possuir uma eficácia mínima para garantir essa economia. Quanto à carga, é indiscutível a quantidade de produtos produzidos e comercializados em quase todas as regiões do Brasil, porém, ainda transportada em sua maioria por meio rodoviário. Uma realidade que parece estar mudando efetivamente nos últimos anos.
Sobre as hidrovias brasileiras, há mais de 40.000km rios navegáveis, subutilizados. Em especial, a Bacia do Sudeste (Rio Grande do Sul) possui uma malha hidroviária de 900km prontos com profundidades acima de 4m. Porém sua utilização ainda está muito aquém de sua capacidade.
No sul, há um esforço do governo do estado e de empresários em aumentar a participação desse modal indo de encontro às políticas adotadas nos últimos 50 anos com incentivos ao paradigma rodoviário. Muitas empresas estão se instalando às margens de rios e fazendo desses, seu principal meio de transporte de insumos e produtos. Outras empresas que já optaram por esse modal também estão aumentando sua utilização, principalmente devido a ampliações em suas instalações. Um exemplo claro é a ampliação da unidade de insumos básicos do pólo petroquímico de Triunfo, a 80km de Porto Alegre com a chamada planta de “Eteno Verde”.
Todo esse aparente aumento da demanda (futura) trouxe a tona uma necessidade de entender melhor os custos do transporte hidroviário nessa região. Surgiu então a pergunta: não seria mais barato transportar os produtos através de comboios ao invés das embarcações