Engenharia Genética
A Engenharia Genética ou tecnologia do DNA recombinante pode ser classificada como um conjunto de técnicas referentes à manipulação do DNA. A evolução dessa área permitiu ao homem um melhor manuseio do material genético, podendo, com isso, inserir genes de um indivíduo em outro completamente diferente, como também isolar e multiplicar segmentos de DNA. Esta tecnologia tem aplicação na indústria alimentícia, no desenvolvimento de medicamentos e vacinas e na agropecuária.
UM POUCO DA HISTÓRIA O primeiro passo para a expansão genômica foi dado quando os pesquisadores James Watson e Francis Crick organizaram o modelo estrutural da molécula de DNA em 1953. Mais tarde, em 1973, ocorre de fato o surgimento da Engenharia Genética no momento em que os cientistas norte-americanos Stanley Cohen e Wayne Boyer conseguiram transferir um gene de uma rã para o DNA de uma bactéria, que, em seguida, multiplicou o gene do anfíbio.
MANIPULAÇÃO DO DNA E ENZIMAS DE RESTRIÇÃO
Um instrumento muito importante na tecnologia do DNA recombinante são as chamadas enzimas de restrição. Estas enzimas, produzidas naturalmente por bactérias a fim de eliminar o DNA de vírus invasores, são capazes de cortar este ácido nucléico em locais específicos. As bactérias, em especial a Escherichia Coli, são um dos materiais biológicos mais utilizados nos laboratórios de Engenharia Genética. Geralmente, as células bacterianas possuem no citoplasma outras moléculas de DNA, os plasmídeos. Os genes dos plasmídeos fabricam enzimas de restrição e dão às bactérias resistência a antibióticos. Dessa maneira, pode-se fragmentar o DNA humano, por exemplo, cortando-o com uma enzima de restrição na parte onde se localiza o gene desejado. Em seguida, tal fragmento de DNA é unido ao DNA de um plasmídeo dando origem a um plasmídeo recombinante. Ao se inserir o plasmídeo recombinante numa bactéria, se ela se reproduzir, haverá a formação de milhões de cópias do DNA humano utilizado. Este