engenharia genetica
Os escândalos de casos de doping já se tornaram quase uma rotina nas competições esportivas modernas, inclusive nos Jogos Olímpicos. Mas muitos cientistas afirmam que as drogas usadas para melhorar a performance de um atleta poderão se tornar um recurso do passado.
Em vez disso, cientistas na vanguarda da manipulação genética prevêem que, em um período de cinco a 15 anos, os atletas poderão usar a engenharia genética para superar seus adversários.
As técnicas desenvolvidas a partir de pesquisas com animais na Universidade de Pittsburgh poderiam ser potencialmente empregadas na cura de ferimentos sofridos durante a prática esportiva e aumentar o rendimento do atleta.
Atualmente, os cientistas estão injetando células-tronco nas células musculares, em uma tentativa de ajudar crianças com distrofia muscular.
"O fator de crescimento (como vitaminas ou hormônios) e as células-tronco que estamos usando e a terapia genética em que estamos trabalhando podem ser usados para aumentar a força de um músculo", disse Johnny Huard, do departamento de genética molecular da universidade.
Se as experiências forem seguras para humanos, a técnica poderia ser empregada para aumentar a força e a resistência do atleta, suscitando novas questões perturbadoras para as autoridades esportivas.
"A engenharia genética apresentará alguns problemas espinhosos para o esporte, não apenas por ser difícil - se não impossível - de detectar", disse Larry Bowers, da Agência Antidoping dos Estados Unidos.
O cirurgião ortopédico Freddie Fu, da mesma universidade, concorda.
"Será um jogo totalmente novo", afirma.
Isso porque atualmente, para se detectar uma musculatura geneticamente modificada, seria necessária uma biópsia do tecido - o que não é uma hipótese viável para um atleta prestes a participar de uma competição.
Mas os pesquisadores estão investigando formas de facilitar essa detecção.
"Estamos tentando, em