Engenharia de softwares
CMM(Capability Maturity Model): Conceitos Básicos e Implementação
Aldo Pires, MSc.
Após várias décadas de promessas não cumpridas sobre ganhos de produtividade e qualidade na aplicação de novas metodologias e tecnologias no desenvolvimento de software, organizações do governo e empresas privadas concluíram que o problema fundamental é a falta de habilidade em gerenciar os processos de construção de software.
Os benefícios dos melhores métodos e ferramentas não podem ser alcançados em ambientes de projetos caóticos. Entretanto, mesmo em organizações indisciplinadas, alguns projetos de software específicos podem até produzir resultados satisfatórios, mas sem nenhuma previsibilidade de repeti-lo. Quando projetos deste tipo obtêm sucesso, este é resultado do esforço e dedicação da equipe, ao invés da repetição de métodos gerenciais da organização.
O Modelo de Qualidade de Software CMM é um modelo de avaliação e melhoria da maturidade de Processo de Software. O CMM, ou "Modelo de Maturidade da Capacidade" é uma iniciativa do SEI (Software Engineering Institute) para avaliar e melhorar a capacitação de empresas que desenvolvem e mantém software através de seus funcionários ou de contratados terceirizados.
O CMM enfatiza a documentação dos processos, seguindo a premissa de que, para realizar alguma melhoria nos processo, é preciso primeiro conhecê-lo e entendê-lo.
A criação do modelo CMM teve forte apoio do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, que é o maior consumidor de software do mundo e precisava de um modelo que permitisse selecionar os seus fornecedores de software de forma adequada. E, embora não seja uma norma emitida por uma instituição internacional, tem obtido grande aceitação nos Estados Unidos e no mundo. Esta penetração cada vez maior do modelo também se verifica no Brasil, como será mostrado adiante.
O modelo original CMM, publicado em 1992, é gratuito e pode ser obtido no site do SEI (www.sei.cmu.edu). Vale