Engenharia de reservatorio
pré-sal e pós-sal
A tecnologia sísmica moderna e as descobertas de petróleo em águas profundas do litoral brasileiro
Reservatórios no
O
Roberto Fainstein é Ph.D. em Geofísica, professor e gerente consultor da WesternGeco - INM
Brasil está com um acervo de linhas sísmicas de 2D e 3D sem paralelo no resto do mundo, ultrapassando a marca de 250 mil quilômetros de linhas sísmicas regionais 2D adquiridas na última década. A livraria de dados sísmicos especulativos constitui uma grande base para o processamento geofísico em tempo e profundidade. Considerando que estamos entrando nesta nova era, com tecnologias contemporâneas de aquisição e processamento sísmico com resolução profunda, o delineamento de reservas em águas profundas será beneficiado pelas experiências anteriores do imageamento sísmico e nos levará a uma maior compreensão dos controles tectônicos e sedimentares dos nossos reservatórios, assim como a descobertas de outras fronteiras exploratórias, tanto nas camadas pós-sal como no pré-sal. Mas para chegar a esta posição, um longo caminho foi percorrido. A implementação da tecnologia sísmica moderna na margem continental brasileira se deu em decorrência da Portaria 188 (de 18/ 12/1998), emanada pela atual Agência Nacional do Petróleo, Gás
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Natural e Biocombustíveis (ANP). Desde 1998, os estudos de projetos para a aquisição sísmica especulativa vêm sendo efetuados por meio de companhias de serviço, como a WesternGeco, entre outras. Tais estudos apontaram para uma aquisição massiva de dados regionais de sísmica 2D ao longo das bacias de Santos, Campos, Espírito Santo e Bahia-Sul. O projeto consistiu em um grid consistente de linhas regionais de mais de 300 km de extensão na direção do mergulho geológico (Figura 1). Estas linhas foram espaçadas a cada 4 km e amarradas por abrangentes linhas regionais de direção paralelas ao litoral, passando pelo sopé, talude e plataforma continental. As grandes linhas