Engenharia de produção
Otimização no Dimensionamento de Lotes de Produção Restringido pela Área de Estocagem
Alexandre Paranhos Bastos (Michelin/UFRRJ) alexandre.paranhos@br.michelin.com Rodrigo Linhares Lauria (Michelin) rodrigo.lauria@br.michelin.com
Resumo Este artigo aborda um estudo de caso da fábrica de pneumáticos Michelin, situada na cidade do Rio de Janeiro. Tal estudo de caso versa sobre um problema de perda de rendimento global da fábrica devido à não utilização de lotes de produção no planejamento de um equipamento. Para a solução desse problema foram calculados os lotes de produção através de um método de cálculo desenvolvido pelos autores do artigo através do Microsoft Excel Solver. Esse método de cálculo visa atender a limitações impostas pelo estoque, seja por custo ou capacidade de estocagem. Palavras-chave: lotes de produção; estocagem. 1. Introdução A indústria de pneumáticos Michelin, situada na cidade do Rio de Janeiro (RJ), possui um fluxo de produção com a utilização em todas as suas áreas do make-to-stock, onde a tomada de decisões no PCP (Planejamento e Controle da Produção) envolve questões como: o dimensionamento, seqüenciamento e programação de lotes de produção. Estas questões são especialmente complicadas para esta indústria devido a algumas peculiaridades, como a alta dispersão do mix de produção, tempos curtos de envelhecimento dos produtos e os tempos de preparação (setup) do processo produtivo dependentes da seqüência. De forma geral, o problema de dimensionamento de lotes (lot sizing) consiste em determinar o que e quanto produzir, ajustando a capacidade produtiva às variações de demanda. Para tanto, dispõe-se de apenas duas alternativas: aumento da capacidade pela aquisição de mais máquinas (inviável financeiramente) e antecipação da produção nos períodos de folga (utilização de estoques). O problema de seqüenciamento e de programação de lotes (sequencing and scheduling) consiste em