Engenharia de produção
Tuvalu é um minúsculo país no meio do Oceano Pacífico com 11 mil habitantes. E corre o risco de literalmente desaparecer do mapa. Formado por nove ilhotas entre o Havaí e a Austrália, com o ponto culminante a 5 metros de altitude, o pequeno arquipélago deverá ser a primeira nação vítima da elevação do nível do mar.De acordo com os pesquisadores, os oceanos, que subiram 30 centímetros no século passado, deverão se elevar 1 metro até 2100 e inundar Tuvalu. Esse fenômeno ocorre por causa do derretimento das grandes geleiras da Terra, que está cada vez mais quente. Bem antes de Tuvalu ser engolida, como a legendária Atlântida, as condições de sobrevivência no local já estarão comprometidas, pois a intrusão da água salgada contamina o solo, provoca erosões e inviabiliza a produção de alimentos. Receosa de não abrir um precedente perigoso para ela própria, a Nova Zelândia concordou em criar um programa de imigração para tuvaluanos, mas fez questão de deixar claro que a iniciativa não se baseava no problema ambiental, e sim num antigo elo entre os dois países. Apesar de Tuvalu ser o primeiro país cujo povo será obrigado a fugir por conta da elevação do mar, seu problema não é o único, nem o mais complicado.
A logística para deslocar 11 mil pessoas é até simples, mas o que será feito quando a maré atingir outras ilhas, com até 2 milhões de moradores? Num artigo recente o ambientalista americano Lester Brown avisou que as Maldivas, com 310 mil habitantes, já vivem um drama semelhante na maioria de suas 1.200 ilhotas.
Hoje, quem mora nessas ilhas conhece paisagens bem diferentes das fotos turísticas. No começo do ano, marés altas provocam inundações a toda hora. A água invade as casas e causa erosões. Com as raízes atacadas dia a dia pelas ondas, as palmeiras estão caindo. Quando a maré sobe, poças d'água surgem repentinamente, espalhando o lixo pelas ruas de areia. Em algumas regiões, já é possível atingir água cavando apenasum metro de profundidade.
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