Engenharia civil
Todo e qualquer projeto de obra enterrada requer a verificação do nível da água no terreno. A preocupação com eventuais interferências no lençol freático não se restringe, por vezes, apenas à fase de obras mas pode se prolongar após o término dos trabalhos.
Como forma de evitar problemas corriqueiros durante a interferência no nível subterrâneo de água, o engenheiro Ivan Grandis, diretor da IGR Consultoria de Solos e Serviços de Engenharia, considera necessária a observação de alguns pontos. O primeiro passo seria a concepção de um plano de escavação detalhado em conjunto com o responsável pela execução da obra. Em seguida, é necessário determinar a posição exata do nível d'água e realizar um levantamento topográfico e cadastral. Este último tópico deve considerar também a posição e condição da vizinhança.
O rebaixamento deve levar em conta alguns determinantes. O primeiro deles é o tipo de obra a ser realizada, bem como sua geometria e cronograma. Feito isso, a quantidade de água e a permeabilidade do solo devem ser analisadas para um correto dimensionamento do sistema de bombeamento de água. "É desejável até mesmo um superdimensionamento do sistema previsto", alerta Grandis. Solos compostos de partículas mais grossas, como areias e pedregulhos, permitem uma movimentação facilitada da chamada "água livre".
Em solos mais finos - siltes e argilas - o contrário acontece.
Outro ponto essencial é a altura do rebaixamento. Se a profundidade for de até 7 m, o uso de um sistema de ponteiras filtrantes (ilustração 1) se mostra eficaz. Já em casos de profundidades maiores, de até 20 m, o sistema de poços profundos com emprego de injetores é mais recomendado.
O efeito da intervenção no lençol em estruturas adjacentes não pode ser