Engenharia Civil
Norma de Desempenho. Empresas líderes se uniram para cumprir e fazer valer a exigência. Como se preparar
Por Pâmela Reis e Mirian Blanco para a revista Construção Mercado 2012
Cerca de dez engenheiros da Gafisa debruçaram-se nos últimos seis meses sobre o texto da chamada "Norma de Desempenho" (ABNT NBR 15.575), que entra em vigência em 12 de maio de 2010. O objetivo era identificar quais, dentre todos os procedimentos executivos da construtora - padronizados nacionalmente - atendem aos pré-requisitos da normativa.
Embora de fôlego, o esforço do levantamento, que resultou num caderno técnico de 300 páginas, foi apenas a primeira ação de uma estratégia mais ampla: "para conseguirmos atender à Norma, todas as áreas da empresa, do produto ao pós-obra, estão agora e a todo vapor tendo que ser mobilizadas e integradas", conta Thiago Leomil, gerente de desenvolvimento de operações e tecnologia da empresa.
A mobilização observada na Gafisa também tem sido aplicada, com estratégias diferentes, em pelo menos dez incorporadoras de grande e médio portes. Cinco delas - Cyrela, Tecnisa, Tecnum, Tarjab e BKO Engenharia - iniciaram um grupo de discussão, coordenado pela consultoria NGI (Núcleo de Gestão e Inovação), para interpretar a Norma e suas implicações, e preparar reestruturações internas a fim de responder, em tempo, às exigências.
A Cyrela Goldsztein começou o trabalho no início de 2009. A Odebrecht Residencial está padronizando seus procedimentos técnicos conforme critérios de desempenho. A Goldfarb, a Schaih Desenvolvimento Imobiliário e a construtora Plano & Plano também se adiantam nos estudos dos impactos técnicos e de projeto da normativa. "É muita coisa para estudar num espaço muito curto de tempo", diz Leomil.
O motivo de tanta correria é que depois de ter ficado dois anos em período de carência para adaptação das construtoras, a Norma de Desempenho, que entra agora em vigor pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), se