Eng. a menos
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THE MUBARACK WAY – 26/11/2010
ENGENHEIROS DE MENOS
Um dos problemas mais graves no Brasil de 2011: a falta de mão-deobra qualificada. Afirmação que vem mantendo sua atualidade nas últimas três décadas e que não apresenta qualquer perspectiva de melhoria nos próximos dez anos. Uma questão: de qual mão-de-obra estamos falando? Talvez estejamos nos referindo à mão-de-obra em qualquer nível, mas especialmente no segmento de gerentes e técnicos, o que gera muita dificuldade com tecnologia e inovação em nossas empresas. Profissionais de TI com muita empáfia e pouca técnica, engenheiros que conhecem muito pouco a tecnologia com a qual trabalham e técnicos medíocres de forma geral. Sabemos a causa: escolas péssimas, temos um dos piores sistemas escolares público e privados do mundo. Nossos alunos estudam muito pouco, não rodam mais e os professores já têm origem neste sistema, ou seja, eles próprios, e talvez seus mestres também, foram mal formados e são ruins na sua maioria. Gente mal formada formando mal muito mais gente.
Embora muitos conheçam esta realidade, o assunto é delicado e raramente alguém diz o quão ruim são professores, engenheiros e tecnólogos no Brasil. O resultado é de fácil previsão: dificuldades com tecnologia, inovação e gerenciamento. Continuamos chamando engenheiros, médicos e técnicos estrangeiros quando “a situação aperta”. A bibliografia que presta é de fora e nossa gente fala muito mal o inglês.
Leia alguns trechos de reportagem sobre a questão, publicada em mídias como a Folha de S. Paulo e o site da revista educação:
“Aos poucos, a produção de inovações tecnológicas passou a ser sinônimo de um desenvolvimento econômico em que as engenharias cumprem papel fundamental. China e Índia entenderam o recado e formam, respectivamente, 650 mil e 220 mil engenheiros por ano.
Na contramão desses países emergentes, o cenário brasileiro não é muito animador. Segundo o Censo da Educação