enfermagem
A obesidade é uma doença crônica, multifatorial, em que ocorre uma sobreposição de fatores genéticos e ambientais(1). A obesidade exógena é responsável por 95 a 98% dos casos e apenas um percentual muito baixo (2 a 5%) tem como causas as síndromes genéticas que evoluem com obesidade (Prader-Willi, Bardet-Biedl), tumores como o craniofaringeoma ou distúrbios endócrinos (hipotireoidismo, síndrome de Cushing).
Considerada como um dos principais problemas de Saúde Pública nos países desenvolvidos, sua prevalência vem aumentando de forma significante também naqueles em desenvolvimento, onde geralmente coexiste com a desnutrição(2,3).
A obesidade não é um fenômeno recente na história da humanidade; entretanto nunca havia alcançado proporções epidêmicas como atualmente se observa(4). As causas para explicar esse aumento tão importante no número de obesos no mundo estão ligadas às mudanças no estilo de vida e nos hábitos alimentares. Nota-se a utilização cada vez mais freqüente de alimentos industrializados, geralmente com alto teor calórico às custas de gordura saturada e colesterol(5), e os avanços tecnológicos proporcionaram maior sedentarismo(6), como se verifica entre as crianças e os adolescentes que permanecem muitas horas sentados em frente aos aparelhos de televisão, video-games e computadores(7).
O desmame precoce com a introdução inadequada de alimentos, pode levar ao início da obesidade já no primeiro ano de vida em indivíduos predispostos.
Os distúrbios da dinâmica familiar, especialmente alterações do vínculo mãe–filho, são de grande relevância para a instalação da obesidade na infância(8).
A adolescência é um período crítico para iniciar ou agravar obesidade preexistente, devido ao aumento fisiológico do tecido adiposo que ocorre principalmente no sexo feminino, maior consumo de fast-food com alto teor calórico e também por instabilidades emocionais freqüentes neste período.
O fator de risco mais importante para a criança