enfermagem
Segundo a revisão de literatura de Freitas ( 2011), as comunidades quilombolas, em sua maioria, caracterizam-se pelo forte vínculo com o meio ambiente. As famílias destas comunidades vivem da agricultura de subsistência, sendo a atividade econômica baseada na mão de obra familiar, para assegurar os produtos básicos para o consumo. As condições sanitárias destas populações são insuficientes; a maior parte não possui água tratada e nem esgoto sanitário. Outra característica importante dessas comunidades é a ausência de serviços de saúde locais, fazendo com que, ao surgirem doenças, seus habitantes sejam obrigados a percorrer grandes distâncias em busca de ajuda. Todas estas questões acabam por aumentar o baixo índice de indicadores de saúde entre as crianças quilombolas.
A doença falciforme e a hipertensão arterial têm sido registradas com freqüência nos dados coletados junto às comunidades quilombolas. Evidentemente que, a ausência de água tratada e a falta de condições sanitárias ideais, tem provocado o relato substancial de surtos de diarréia e doenças dermatológicas entre grande quantidade das populações remanescentes de quilombos. A grande problemática está em oferecer saúde integral combinada com a manutenção das crenças e tradições destes grupos. Cabe aqui ressaltar que, muitos povos quilombolas, ainda se utilizam de práticas alternativas e do uso de plantas consideradas por eles como medicinais.
Estratégia da Saúde da Família Quilombola ( ESFQ)
A ESFQ tem como objetivo primordial qualificar o cuidado e possibilitar o acesso à saúde a população negra que residem em comunidades remanescentes, no meio urbano e rural. Este fortalecimento da Atenção Básica trabalha a qualificação da gestão do SUS, atuando na perspectiva da equidade e práticas direcionadas a prevenção e promoção da saúde, além da abordagem no processo saúde e doença. Este cenário é um instrumento potencializador da conquista de um território no qual os indivíduos estão inseridos e