Enfermagem
Talvez vocês estejam se perguntando como se pode envelhecer ativo. Afinal, o envelhecimento não é um declínio do corpo? Apesar do envelhecimento não ser sinônimo de doença, as perdas são reais e progressivas. As mudanças normais que acontecem com a idade – perda da força, do vigor físico, visão curta, problemas na memória de curto prazo, perda óssea, queda do cabelo, entre outras - fazem parte do processo biológico natural. A forma e a intensidade que cada um vivenciará esses efeitos dependerá em grande parte, pelo que foi construído nos anos anteriores.
Assisti recentemente no BNDES, a uma palestra do Dr. Alexandre Kalache – consultor internacional para políticas do envelhecimento – onde ele citou alguns pontos importantes para que possamos atingir uma longevidade com qualidade de vida.
Inicialmente, ele nos fez três perguntas: 1. Com que idade você imagina que vai morrer? 2. Do que você acha que vai morrer? 3. E em que lugar você vai morrer?
A maioria, que era composta de 80% de pessoas com mais de 50 anos, respondeu: a idade entre 80 a 90 anos, a morte por infarto (rápido e “sem dor”) e em casa. Esse levantamento é harmônico com os estudos de Tanatologia, que é a ciência da morte e do morrer. O medo de envelhecer está muito associado com a nossa própria morte. Ela é a única certeza que temos na vida e é a que mais tememos: Quando? Como? E aonde? Vasculhando nosso inconsciente podemos aprender muito do que emerge na superfície da nossa consciência. Alguns responderam morte por câncer, acidentes, assaltos e etc.
Dr. Kalache enfatizou que é possível envelhecer com qualidade e que “Envelhecer é bom. Morrer cedo é que é ruim. E tudo depende do que fazemos hoje”.
E o que depende de nós? O perigo está no acúmulo ao longo da vida de quatro fatores de riscos causadores das doenças não transmissíveis. São eles: sedentarismo, cigarro, alimentação incorreta e álcool. Eu também acrescentaria o alto nível de