Enfermagem
Vilma DiuanaI; Dominique LhuilierII; Alexandra Roma SánchezI; Gilles AmadoIII; Leopoldina AraújoI; Ana Maria DuarteI; Mônica GarciaI; Eliane MilanezI; Luciene PoubelI; Elizabeth RomanoI; Bernard LarouzéIV, V
ISuperintendência de Saúde, Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
IILaboratoire de Psychologie du Travail et de l'Action, Conservatoire National des Arts et Métiers, Paris, France
IIIGroupement de Recherche et d'Études en Gestion à HEC, Centre National de la Recherche Scientifique, Paris, France
IVINSERM, UMR 707, Paris, F-75012, France
VUniversité Pierre et Marie Curie-Paris 6,UMR-S707, Paris, F-75012, France
Correspondência
RESUMO
O papel limitante dos agentes de segurança penitenciária no acesso dos detentos aos serviços sanitários e o impacto de suas representações e práticas de saúde no cotidiano prisional foram objeto de pesquisa-ação visando tanto à produção de conhecimento como à melhoria das ações de controle da tuberculose e HIV/AIDS pela participação e conscientização. Desenvolveu-se em três prisões e dois hospitais por meio de entrevistas individuais e grupos de discussão. Revelou que concepções de saúde e doença, hierarquização de riscos e estratégias de preservação no contexto carcerário relacionam-se às posições nessa organização social, aos conflitos e tensões ali existentes e aos pertencimentos grupais que reforçam identidades e antagonismos, refletindo-se nas práticas rotineiras e no acesso aos serviços. A negação da saúde como um direito dos presos e a restrição de sua autonomia contribuem para ações de saúde prescritivas. A tomada de consciência dos agentes de segurança penitenciária quanto às representações e práticas de saúde pode contribuir para