Enfermagem e o Ambiente Hospitalar
O hospital é considerado o principal ambiente da atividade do pessoal de enfermagem. Esses profissionais representam a maior e mais complexa força de trabalho dos hospitais, seja pelo grande contingente numérico (45% a 70%) da força de trabalho distribuído em vários locais, ou pela interação que estabelece com praticamente todos os outros serviços hospitalares. (BULHÕES, 1994; MAIA, 1999;
MOURA et al. 2001; SARQUIS; FELLI, 2002; VIANEY; BRASILEIRO, 2003).
Nesse contexto, Lima Junior e Ésther (2001) apontam que os atores da saúde, os quais trabalham em ambientes hospitalares, enfrentam condições de trabalho permeadas por uma realidade laboral dinâmica, estimulante e heterogênea, porém caracterizada, simultaneamente, por atividades insalubres, penosas e difíceis.
Essa situação é considerada, pelos autores, paradoxal, pois ao mesmo tempo em que o hospital tem como missão salvar vidas, prevenir e recuperar a saúde dos indivíduos, causa prejuízo à saúde das pessoas que nele trabalham.
Também Massucato et al. (2000) caracteriza o serviço hospitalar como um trabalho intensivo, exigindo dos funcionários alta produtividade em tempo limitado, em condições inadequadas, com problemas de ambiente, equipamentos e20 processos; e tais condições de trabalho acabam por levar à insatisfação, cansaço, excessivo, queda de produtividade, problemas de saúde e acidentes de trabalho.
Tal realidade ocorre principalmente pela natureza do ambiente de trabalho hospitalar que apresenta, segundo Oliveira e Murofuse (2001), a maior variedade de riscos de acidentes e doenças ocupacionais em relação às demais atividades da área de saúde.
A esse respeito, a legislação brasileira caracteriza as instituições hospitalares como ambientes que representam elevado grau de risco de acidentes e doenças para as pessoas que desenvolvem ali sua atividade laboral. Essa afirmação pode ser constatada através da Norma Regulamentadora para a Segurança e