Enfermagem e a administração
As práticas profissionais podem ser explicadas segundo diferentes enfoques. Na enfermagem, por exemplo, o enfermeiro incorpora, em sua formação profissional, o saber de várias ciências, como Biologia, Química, Sociologia, Filosofia etc.
Além destas, a ciência da Administração contribui com uma parcela que se concretiza, principalmente, na administração do pessoal de enfermagem, fazendo saber ou identificar os riscos que o trabalhador poderia ter em questão.
Assim, para a compreensão das práticas de enfermagem deve haver uma reflexão das mesmas relacionadas com as teorias da Administração, uma vez que estas teorias coexistem, em diferentes graus, com a administração do serviço de enfermagem.
Dentre estas teorias, destaca-se a Teoria Clássica de Henry Fayol (1841-1925) e a Teoria das Relações Humanas de Elton Mayo (1924).
A Teoria Clássica visava a eficiência da organização pela adoção de uma estrutura adequada e de um funcionamento compatível com essa estrutura. Influenciada pelas estruturas organizacionais militares e eclesiásticas, a Teoria Clássica concebeu a organização como uma estrutura rigidamente hierarquizada, estática e limitada, preocupada com a divisão ao nível dos órgãos integrantes da organização e não com a divisão do trabalho a nível individual. Essa teoria recebeu diversas críticas por seu caráter prescritivo e normativo, preocupando-se com a quantidade e não com a qualidade dos serviços.
Na enfermagem, a Teoria Clássica é facilmente identificada, pois nas instituições de saúde, a estruturação rigidamente hierarquizada estabelece a subordinação integral de um indivíduo a outro, e de um serviço a outro. A enfermagem, como um desses serviços, reproduz o caráter dessa teoria por meio dos organogramas, onde a subordinação é definida e compatível com o poder atribuído pela organização às pessoas que integram esse serviço.
Por outro lado, a Teoria das Relações Humanas veio para contestar o que até então era preconizado pela Teoria