Enfermagem do trabalho
O interesse pelo presente estudo surgiu enquanto profissionais enfermeiras, que no decorrer das atividades diárias, obtivemos a oportunidade de conviver com os conflitos, as emoções e as situações vivenciadas pelos profissionais de enfermagem.
A partir desta vivência foi observada a atuação do profissional de enfermagem durante o trabalho com o paciente, assim como o seu envolvimento e comprometimento com o mesmo. Foi verificado que possui grande interação com a clientela porque tem boa parte do tempo envolvida com o cuidado prestado ao cliente, convivendo com as angústias, medos e ansiedades dos pacientes por eles assistidos.
Este trabalho está inserido na linha de pesquisa de sustentabilidade e qualidade de vida, tendo como área predominante o comportamento humano.
Em uma sociedade capitalista, o trabalho ocupa um lugar central na vida. É a partir dele que vivemos o presente e construímos o futuro, determinando à qualidade de vida alcançamos nossa realização.
Porém, junto com os benefícios do trabalho, há também os malefícios, como as cobranças, as incertezas, as responsabilidades, fatores que podem levar o indivíduo ao estresse, que se mostra em diferentes formas em cada um de nós.
O ambiente do trabalho possui íntima ligação com o processo de adoecer, pois lida com o desgaste físico e emocional do trabalhador, principalmente o da área da saúde, que vivencia situações diárias que exigem grande carga emocional, tornando esta uma profissão de caráter estressante.
Segundo ALVES (1992), estudos realizados com trabalhadores da enfermagem evidenciou que as jornadas rotativas causam alterações no sono, distúrbios nervosos, além de desorganizarem a vida familiar e social dos trabalhadores. A categoria de enfermagem corresponde ao maior número de trabalhadores hospitalares, logo, estima-se que esses são os mais afetados por essas alterações e também por estarem em contato direto com o paciente, envolvendo-se ainda com sua história. Como a