Enf electro
EM 10 LIÇÕES
Dr. J. B. Legatti
1ª LIÇÃO
I - MECANISMO DA CONTRAÇÃO CARDÍACA
Para se interpretar um eletrocardiograma, cumpre saber que um eletrocardiógrafo é um galvanômetro registrador da diferença de potencial elétrico entre as duas regiões sobre as quais foram aplicados os eletrodos,
As correntes elétricas que chegam a esses eletrodos provêm do coração, uma vez que cada fase da revolução cardíaca é precedida e acompanhada de fenômenos elétricos que se difundem por todo o organismo. Durante a diástole, o miocárdio não exerce qualquer atividade elétrica, visto possuir, em suas camadas superficiais, carga elétrica positiva igual a carga negativa de suas camadas profundas.
Nesse caso, fala-se que o miocárdio ventricular está polarizado. sístole Entretanto, ao sobrevir uma ventricular, imediatamente começam a diminuir as cargas elétricas, tanto as superficiais como as profundas, desaparecendo após alguns centésimos de segundo. Dessa forma, o miocárdio ventricular se despolariza com a sístole. Assim que o miocárdio ventricular se despolariza, começa imediatamente a repolarização, que termina antes mesmo do início da diástole. Na diástole não existe atividade elétrica no coração.
Precedendo cada contração mecânica, espalha-se pelo coração uma onda de despolarização elétrica. A despolarização começa no nódulo sinusal, ou nódulo sino-auricular de KEITH e FLACK, depois propaga-se pelo miocárdio de ambas as aurículas, para atingir o nódulo aurículo-ventricular de TAWARA, localizado na região inferior
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do septo inter-auricular. Após ligeira demora no nódulo aurículoventricular, a onda de despolarização se transmite através do
Nódulo
Sinusal
Nódulo
A-V
His
RE
RD
Esquema do sistema de condução intracardíaco
feixe átrio-ventricular, o feixe de HIS, e de seus ramos esquerdo e direito para o tecido de PURKINJE situado debaixo do endocárdio, continuando-se com as fibras miocárdicas