Energias renovaveis
Lixo e energia podem ter mais em comum do que se imagina. Além de serem dois dos maiores problemas atuais, o crescimento da atividade industrial e do consumo, gera por um lado, aumento na produção de lixo, e por outro, o risco de falta de energia para atender a crescente demanda. Algumas das fontes de energia usadas atualmente são grandes produtoras de lixo, gerando resíduos, na maioria das vezes, prejudiciais à saúde. No entanto, o que é um grande problema pode ser ao mesmo tempo, uma solução: o lixo pode se tornar ele mesmo uma fonte de energia.
A quantidade de lixo gerado no Brasil é proporcional ao seu tamanho continental. Segundo o Portal Brasileiro de energias renováveis, todos os dias são produzidos cerca de 170.000 toneladas de resíduos sólidos urbanos, incluindo o doméstico. Mais de 70% não é reciclado e nem encaminhado para um destino sem poluir. Mas essa mercadoria jogada fora, que ninguém quer, pode trazer muitos benefícios. Inclusive energia elétrica para abastecer shoppings, indústrias e cidades.
Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), apenas um pouco mais de 140.000 toneladas urbanas são coletadas, o demais possui destino incerto. Para piorar toda essa sujeira, apenas 39% dos municípios brasileiros dá tratamento adequado a esse resíduo, como enviá-lo para aterros controlados.
Usar o lixo para gerar energia é uma solução não apenas econômica, mas também social e ambiental. Basta pensar que o destino mais comum do lixo brasileiro, os lixões e aterros, também são um problema para a saúde e para o meio ambiente, pois contaminam o solo com um líquido altamente tóxico, chamado chorume, que polui também as águas de lençóis freáticos, e produz metano (CH4), um gás ainda mais prejudicial à atmosfera que o próprio dióxido de carbono (CO2), considerado o grande vilão do efeito estufa. Essa situação pode ser revertida com uma ação relativamente simples: o