Energia
A luz solar representa a fonte de energia externa sem a qual os ecossistemas não conseguem manter-se. O Sol é o principal responsável pela existência de vida na Terra. Em primeiro lugar, porque as radiações solares aquecem o solo, as massas de água e o ar, criando um ambiente favorável à vida. Em segundo lugar, porque a luz solar é captada pelos seres fotossintetizantes e transferida de um organismo para outro, ao longo das cadeias alimentares, permitindo a existência de praticamente todos os ecossistemas da Terra.
A energia luminosa, captada por algas, plantas e bactérias fotossintetizantes, é utilizada na produção de substâncias orgânicas, nas quais fica armazenada como energia potencial química. Ao comer seres fotossintetizantes, os consumidores primários aproveitam a energia contida nas moléculas das substâncias orgânicas. Os consumidores secundários, por sua vez, ao comer os consumidores primários, utilizam as substâncias destes como fonte de energia, e assim por diante. Portanto, a transferência de energia na cadeia alimentar é unidirecional: ela tem início com a captação da energia luminosa pelos produtores e termina com a ação dos decompositores.
Em cada nível trófico, parte da energia armazenada nas moléculas orgânicas é utilizada na realização de trabalho e liberada na forma de calor. Muitas vezes temos a impressão de que a Terra recebe uma quantidade diária de luz, maior do que a que realmente precisa. De certa forma isto é verdade, uma vez que, por maior que seja a eficiência nos ecossistemas, os mesmos conseguem aproveitar apenas uma pequena parte da energia radiante.
Estima-se que cerca de 34 % da luz solar seja refletida pelas nuvens e poeiras; 19 % seria absorvida por nuvens, ozônio e vapor d’água. Do restante, ou seja 47 %, que chega a superfície da Terra, boa parte ainda é refletida ou absorvida e transformada em calor, que pode ser responsável pela evaporação da água, no aquecimento do solo, condicionando,