Energia obtida atraves das Algas
Tem gente que não suporta se deparar com elas ao tomar um banho de mar, mas as microalgas encontradas no litoral brasileiro têm potencial energético muito superior ao da soja (base do biodiesel brasileiro), chegando a produzir em média 90 mil quilos de óleo por hectare.
Considerada a terceira geração de biocombustíveis, a produção à base de algas marinhas pode se tornar uma ótima alternativa para substituir os combustíveis fósseis. Com rendimento mais eficiente que a soja e outras matérias-primas comuns, as algas praticamente não oferecem impactos ambientais.
Como se não bastasse, o biodiesel gerado por microalgas pode ser cultivado em solo pobre e com água ruim (como a salobra do semi-árido). Desse modo, países tropicais como as nações africanas podem virar potenciais produtoras de matrizes energéticas.
As algas não cansam de colaborar com a preservação do planeta. Primeiro como as principais responsáveis por purificar o ar que respiramos. Seu processo de fotossíntese é até dez vezes mais eficazes que o de outras plantas. Mas esse trabalho de faxina tem sido pouco para elas. Cada vez mais, as algas vêm sendo usadas na geração de energia. O sucesso tem sido tão grande, que hoje elas ocupam um lugar no pódio das fontes com mais chances de se tornar o petróleo verde. O exemplo mais recente vem de um prédio residencial inaugurado em Hamburgo, na Alemanha.
Coberta com uma fachada ecológica de microalgas, a construção é uma opção que pode gerar e reduzir o consumo de energia elétrica. Edifícios que usam fontes de energia alternativas, como a solar ou a eólica já podem ser encontrados em alguns lugares do mundo. Mas uma construção que se sustenta por meio de algas marítimas é algo inédito. Ou era até agora.
Com 15 unidades de 50 m² a 120 m², o edifício BIQ é totalmente abastecido pela energia que vem das algas. Cultivadas entre as placas de vidro da fachada, elas captam tanto o calor solar como o gás carbônico da atmosfera. Em troca,