Energia hidrelétrica - madeira inundada
Suriname percebe vantagens nas madeiras inundadas
Rachael van der Kooye*
05 de Abril de 2011 Árvores em apodrecimento começam a ser retiradas de lagos de hidrelétricas por empresa surinamesa. | Uma descoberta mais recente em favor das usinas hidrelétricas é o método para aproveitamento da madeira inundada, que já vem sendo adotado na usina de Tucuruí, no rio Tocantins. |
Após ler um artigo em um jornal em Miami, Orlando Lee On (†) ficou tão fascinado pela extração de madeira debaixo d’água, que acabou descobrindo que a empresa Brokopondo Water Woods International Ltd. (BWWI) colhe árvores mortas do lago do médico professor J.W. van Blommestein, numa área de 135 mil hectares no distrito de Brokopondo, no Suriname. A empresa tem agora três anos de mercado e produz cerca de 30 metros cúbicos de madeira por dia, mas planeja aumentar sua produção em 2011 para 90 metros cúbicos diários.
A extração de madeira em áreas alagadas é uma experiência pioneira no país. “Esta é a introdução de um novo método não aplicado antes no Suriname”, diz Wedika Hanoeman em sua tese sobre a extração da madeira da água. Até agora, a BWWI usa o método tradicional de trabalho com mergulhadores para remover as madeiras dos reservatórios. Os mergulhadores vão num máximo de profundidade de 20 metros e as toras são colhidas com uma motosserra subaquática. As coroas (a parte que alcança a superfície da água) das árvores são arrancadas e antes que seu tronco seja cortado, um cabo de aço é introduzido em sua porção central. Isso é feito para impedir que o tronco afunde após ser serrado. Só então o tronco é cortado. As árvores derrubadas flutuam para a superfície e são rebocadas com um barco para uma ilha no lago. Quando certo número de madeira está estocado na ilha, uma barcaça as transporta para a fábrica, onde elas são serradas em prateleiras para o consumo nacional e internacional.
Segundo empresa, troncos em fase de apodrecimento ainda podem ter utilidade na