Energia descentralizada no Brasil
ELÉTRICA NO MEIO RURAL E AS FONTES RENOVÁVEIS DE ENERGIA
Até meados da década de 80 e, ainda na de 90, a eletricidade não era disponibilizada, através do sistema convencional de redes de distribuição, para todo o meio rural sob a alegação de que esta atividade não era viável, principalmente, quando considerados aspectos técnicos e econômicos.
A alta dispersão populacional, longas distâncias entre o ponto de origem da rede de distribuição e o ponto final de consumo, custo de investimento elevado, gerado pelo modelo de rede adotado pelas concessionárias, entre outros parâmetros técnicos e econômicos, geravam índices muito baixos, tais como número de consumidores por quilômetro, carga instalada por quilômetro, custo por quilômetro de rede, taxas de crescimento da demanda, retorno do investimento, etc., que não motivavam as concessionárias de distribuição de energia elétrica a realizarem eletrificação rural como era necessário. O resultado desta ação discriminatória é que até o final da última década deste século XX, ou seja, o ano 2000, o país apresentava um índice de eletrificação rural de, aproximadamente, apenas 30%.
Através da introdução da tecnologia “Sistema Monofilar com Retorno por Terra” –
“MRT”, caracterizada por apresentar simplificações em materiais, estruturas, dispositivos de proteção e propiciar grandes vãos entre postes, obteve-se redução significativa de custos.
No âmbito do Programa de Eletrificação Rural “LUZ NO CAMPO”, iniciado em
Janeiro de 2000 e que se encontra em implantação no país, este sistema é o definido como prioritário para o atendimento de consumidores rurais. Todas as concessionárias de distribuição de energia elétrica do país estão envolvidas, num esforço governamental de
fazer chegar eletricidade para estes consumidores. Esta tem sido a forma de iniciativa mais freqüente, ou seja, o setor público é chamado a intervir, já que não existem