Endurecimento por solução sólida e aparecimento de uma segunda fase
27/10/2013
1 – Composição química, constituição e ropriedades ecânicas das ligas de cobre usadas em construção mecânica
As ligas de cobre usadas em construção mecânica subdividem-se em baixo e alto teor de liga:
1.1 Ligas de cobre de baixo teor de liga
1.1.1 Cu-Be (0.6-2%Be)
São ligas endurecíveis por precipitação, que podem ser tratadas ternicamente e deformadas a frio, para se obterem resistências à tracção muito elevadas, na ordem dos 1400 MPa, que são as resistências mais elevadas das ligas de cobre comerciais6. A boa resistência à fadiga, à corrosão e mecânica, são o motivo da sua aplicação em molas, engrenagens diafragamas e válvulas. Têm, contudo, a desvantagem de serem materiais relativamente caros.
1.1.2 Cu-As (0.013-0.050%As)
Boas propriedades mecânicas acima da temperatura ambiente e boa resistência à corrosão. Empregue em tubos de condensadores, caldeiras, autoclaves. Pode ser encruado para aumentar a resistência mecânica.
1.1.3 Cu-Ag (0.02-0.12%Ag)
A prata confere maior resistência mecânica e à fluência. Devido à alta condutibilidade térmica e maior resistência ao amolecimento por calor, é empregue no fabrico de permutadores de calor, brasagem, máquinas elétricas e estanhagem.
1.1.4 Cu-Te (0.3-0.8%Te) e Cu-S (0.2-0.5%S)
Boa resistência mecânica e maquinabilidade superior. Os cobres com enxofre, selénio e chumbo têm as mesmas propriedades. O Cu-Te é aplicado na confeção de parafusos, porcas, pinos, e peças similares a serem produzidas em máquinas automáticas.
1.2 Ligas de cobre de alto teor de liga
1.2.1 Latões: Cu-Zn (5-50%Zn)
O cobre forma soluções sólidas substitucionais monofásicas com o zinco, até um teor de 35% de zinco. Quando se atingem teores de aproximadamente 40% zinco, formam-se ligas com duas fases, alfa e beta. Estas ligas têm resistencias médias (234 a 374 MPa) no estado recozido, mas podem ser deformadas a frio, de modo a