Endocardite infecciosa
A endocardite infecciosa valvar (EIV) é uma condição de alta morbimortalidade, podendo chegar a 50% em pacientes de alto risco, como portadores de prótese valvar, doença cardíaca congênita e endocardite prévia.(1, 2)
Grande parte dos pacientes não responde à antibioticoterapia e necessitam de intervenção cirúrgica.(3) Os determinantes da conduta cirúrgica normalmente são a insuficiência cardíaca grave, a presença de infecção incontrolável, a etiologia fúngica, os fenômenos embólicos repetitivos e a ocorrência de abscesso perivalvar.(4)
OBJETIVO
A alta morbimortalidade da endocardite infecciosa torna essa condição de grande importância no meio médico. Além disso, as manifestações clínicas são bastante inespecíficas, dificultando o diagnóstico e resolução rápidos. Os achados clínicos e laboratoriais incluem febre, anorexia, mialgias, dor articular, calafrios e sudorese noturna, leucocitose, anemia, plaquetose e elevação de provas inflamatórias. Cabe também destacar importantes modificações de alguns aspectos da EIV, como tendência em acometer pacientes idosos, predominância crescente em sexo masculino, diminuição de casos por estreptococo e paralelo aumento por estafilococo, Gram negativos e fungos, casos relacionados ao uso de drogas endovenosas, portadores de próteses valvares e portadores de HIV.(5)
RELATO DO CASO Paciente feminino, M.R.C.S, 73 anos, natural e procedente de Sorocaba, foi admitida na UTI do Hospital Santa Lucinda no dia 20/07/2014 transferida da Santa Casa de Sorocaba onde estava internada por 39 dias em tratamento para endocardite infecciosa de valva aórtica, com uso de Penicilina 4.000.000 U endovenoso de 4 em 4 horas e Gentamicina 160mg diluído em 100ml de soro fisiológico 0,9% endovenoso de 12 em 12 horas.
A paciente procurou o serviço médico com queixa de febre e dispnéia, realizado ecocardiograma que evidenciou vegetação em prótese valvar e foi transferida para o Hospital Santa Lucinda para