Encostas

1 DESLIZAMENTO DE TERRA: CONSEQUÊNCIAS EM SANTA LUZIA E ALTO DO BOM VIVER, BAIRRO DE LOBATO, SALVADOR (BA)
Priscila Silva Tanajura Geógrafa pela Universidade Federal da Bahia – [e-mail] Dária Ma. Cardoso Nascimento Geógrafa, (Dra.) Universidade Federal da Bahia – [e-mail] RESUMO A nova dinâmica urbana de Salvador resultou em um notável espraiamento das edificações nas encostas da cidade, por pessoas de alta vulnerabilidade social. As comunidades de Santa Luzia e Alto do Bom Vive, no Lobato passaram a ocupar as encostas a partir da década de 70 de forma desordenada após o descobrimento do petróleo na área. A pesquisa teve como objetivo identificar os tipos de deslizamentos e os mecanismos relacionados às causas dos deslizamentos de terra nas comunidades, visando avaliar os fatores para entender a interação entre os processos naturais e antrópicos. As etapas metodológicas foram: pesquisa documental, coleta de dados dos índices pluviométricos, material jornalístico do histórico de acidentes de deslizamentos ocorridos entre 1813 e 2008; e trabalho de campo com aplicação de questionário segundo o modelo do IPT (2007). Os deslizamentos mais comuns são do tipo escorregamento translacionais, por estar associado a escarpa de linha de falha de Salvador. Os resultados alcançados mostraram que as encostas foram alteradas com cortes irregulares, provocando instabilidade nos taludes; lançamento de água servida em superfície, retirada da cobertura vegetal e deposição de lixo. Como conseqüência em épocas de concentração de chuvas, entre abril e junho, os deslizamentos ocorrem com maior freqüência deixando as pessoas residentes nessas áreas de risco inseguras, pela possibilidade de perda material (casas, móveis, eletrodomésticos, etc) e das próprias vidas. Mesmo assim, as 500 famílias residentes nestas duas áreas são irredutíveis na remoção para outras áreas. Desta maneira soluções intermediárias podem ser tomadas para a manutenção das famílias como: (i)