Encontro com Milton Santos
O filme “Encontro com Milton Santos – O mundo global visto do lado de cá” exibe o lado perverso da globalização quando o mundo inteiro estava pautado em uma visão capitalista positiva. As barreiras impostas por um mundo capitalista como efeito da globalização, a sociedade de consumo, as crises que essa provoca são temas abordados no filme.
No meio à crise estabelecida no mundo, Milton Santos enxerga 3 vertentes da globalização: a primeira serio o mundo como nos fazem vê-lo, a segunda seria a globalização da perversidade, e, a terceira seria uma outra forma de globalização.
No decorrer do filme são mostradas diversas cenas que apontam uma parcela pobre dos países subdesenvolvidos que sofre para ser incluída na sociedade de consumo. Cenas de exploração que expõem uma minoria se apropriando de bens comuns.
Os baixos salários e a pobreza em que as pessoas são postas crescem diretamente proporcional ao que chamamos de globalização da perversidade, em que a miséria é vista como algo natural e comum.
Assim, a sociedade se divide em dois grupos: “o grupo dos que não comem e o grupo dos que não dormem com medo do grupo dos que não dormem” – José de Castro. Milton acredita que é devido a essa divisão que nascem as barreiras físicas e simbólicas, como por exemplo o muro de Berlim e a fronteira entre o México e EUA.
A mídia tem um importante papel nesse processo, uma vez que deveria disseminar as notícias, mas no lugar disso, ela divulga ruídos.
Nessa conjuntura surgem os movimentos da parcela explorada, que tenta inverter a ordem vigente. A America Latina e a África são exemplos de regiões que estão acordando para combater problemas que lhe são causados. Há uma cena em que uma africana fala sobre o que ocorreu na África: Os “olheiros” vem aqui, nos dividem em grupos, nos dão armas para lutarmos uns contra os outros enquanto eles nos dominam e mais tarde eles mesmos voltam para acabar com as guerras.
Milton Santos