Encilhamento
Esse trabalho busca analisar de forma geral os aspectos não só sociais bem como políticos dessa conjuntura econômica que assolou não só o Rio de Janeiro, mais o país como um todo, cujo nome se dá por Encilhamento. A análise busca relacionar dois autores, para que dessa forma entenda-se como que o cenário econômico naquele período influenciou na forma como as pessoas viviam e pensavam. O primeiro autor é Visconde de Taunay de nome Encilhamento que em forma de romance buscou enquadrar o que se via no Rio de Janeiro daquele período. O segundo autor é Luiz Antonio Tannuri, esse livro de nome também Encilhamento já aborda mais os aspectos econômicos da situação.
A política do Encilhamento tem raízes muito mais anteriores ao período de Rui Barbosa, pode-se dizer que com outra roupagem e em um período diferente. Tannuri aborda que ainda na Guerra do Paraguai o Brasil adotou políticas publicas intensivas para bancar esse embate, como o endividamento interno, como citação do Livro:
“(...) Esta Guerra foi financiada, sobretudo internamente, isto é, recursos foram obtidos através de emissões oficiais de papel-moeda e de apólices da dívida pública interna.” (Tannuri, P. 28) Observa-se ainda que em meados dos anos de 1884 ainda é muito presente as apólices no governo em meio ao setor agrícola, que estava em colapso. O que ocorre nesse período é que o constante endividamento do setor público e o fato dos bancos nacionais comprarem esses papéis gerou em conseqüência um aumento da dívida pública e uma diminuição considerável do papel moeda no Rio. Como já citado anteriormente desde o fim da Guerra do Paraguai o setor agrícola no Brasil estava em baixa, e a situação só piorava ainda nos anos de 1880. Diversos movimentos sociais apontavam para o fato de uma mudança considerável nas relações de trabalho nessa época, no entanto os fazendeiros se valiam do apoio do governo para se manterem “confortáveis”, e ainda que as