Emílio ou da educação
Na época de Rousseau, não se tinha a idade de criança, eles eram considerados pequenos adultos. De acordo com seu texto, não se conhecia a infância. Os homens procuram o homem na criança, sem ao menos pensar no que ela é antes de ser homem. Para ele, a criança deveria ser entendida em sua complexidade, ou seja, por suas próprias características. Com isso, Rousseau acha que quem separa o adulto da criança é a educação. Seu principal foco é a valorização da criança como criança e, para ele, a educação é o principal meio de valorizá-la. Ela deve ser tratada como criança, porém não em excesso, pois o excesso é visto como "manha".
Em sua obra, Rousseau critica fortemente a educação tradicional da época, pois era muito racionalizada, muito técnica e impositiva. Inicia-se então, uma pedagogia voltada e centra na criança, não mais a reconhecendo como adulto, mas sim na sua essência, na sua felicidade e na sua liberdade como criança. Percebe-se que o principal foco da obra de Emílio é o de como educar uma criança. Para Rousseau, deve se dar ênfase à educação desde o nascimento, pois ela nasce "pura", quem o modifica é a sociedade e apenas a educação tem esse poder.
Em Emílio ou da Educação, podemos observar a presença dos seguintes temas: críticas à moral corrente e exaltação da vida simples, críticas à existência de desigualdade entre os homens, criação de dependência entre os homens e possibilidades de fortalecimento da liberdade e da autonomia dos indivíduos. A seguir, veremos alguns trechos onde há a presença de críticas à moral corrente e exaltação da vida simples:
Que meta será essa? A própria meta da natureza. Isso acaba de ser provado. Dado que a ação das