Emílio Garrastazu Médici
Emílio Garrastazu Médici assumiu a presidência da república em 30 de outubro de 1969 com 64 anos, tendo como vice-presidente o Almirante Augusto Rademaker. Por meio de eleição indireta recebeu 239 votos e teve sua posse em sessão conjunta do congresso Nacional precedida pelo Senador Gilberto Marinho.
O chamado “milagre econômico” foi marcado pela realização de grandes obras da iniciativa pública. Obras de porte faraônico como a rodovia Transamazônica, a ponte Rio-Niterói e Usina Hidrelétrica de Itaipu passavam a impressão de um país que se modernizava a passos largos (que representou uma significativa melhora na economia brasileira, com aumento do PIB estabilização da inflação em índices inferiores a 20%, aumento da produção industrial, melhora dos níveis de emprego e do mercado interno).
Entretanto, a euforia desenvolvimentista era custeada por meio de enormes quantidades de dinheiro obtidas por meio de empréstimos que alcançaram a cifra dos 10 bilhões de dólares. O crescimento geral da economia, e da indústria automobilística em especial, gerava novos empregos, possibilitava o desenvolvimento de outros setores econômicos e aumentava a arrecadação do Estado através dos impostos. O comércio exterior cresceu em níveis recordes e a produção industrial cada vez mais ganhava espaço nos mercados mundiais. O Brasil tornava-se uma potência econômica do mundo.
Entretanto, “o milagre econômico” esvaiu com a mesma velocidade que empolgou. No ano de 1973, uma crise internacional do petróleo escancarou as fraquezas da nossa economia dando fim a toda empolgação. Na época, o Brasil importava mais da metade dos combustíveis que produzia e, por isso, não resistiu ao impacto causado pela alta nos preços