Empresária de sucesso ou mãe?
As mulheres vêem-se cada vez mais confrontadas com a dúvida para onde devem canalizar o seu tempo e esforço. Uma carreira profissional ou a constituição de família?
A economista norte-americana Sylvia Ann Hewlett realizou um estudo com o objectivo de entender este dilema, estudo este que deu origem ao livro “Creating a life; Women and the Quest for Children”. Num artigo desta mesma economista publicado na Executive Digest em Julho de 2002 e intitulado “Empresária de sucesso ou mãe?”, são analisados vários factores e apontadores em volta deste sensível tema.
O principal objectivo deste trabalho é a discussão do papel da mulher como empresária de sucesso ou mãe, no âmbito de mãe e mulher de família e teve como principal fonte, o acima referido artigo de Sylvia Ann Hewlett.
O Problema
De acordo com o estudo de Hewlett, “30% a 50% das mulheres norte-americanas com uma carreira de sucesso nunca passaram pela experiência da maternidade. (...) 33% dessas mulheres (executiva, médicas, advogadas e professoras universitárias, entre outras) com idades entre os 41 e os 55 anos, não têm flhos. A estimativa sobe para 42% quando se trata de funcionárias de empresas. Estas mulheres, porém, não optaram por esta condição. A grande maioria quer muito ter flhos”. Muitas destas mulheres acabam envolvidas numa tremenda luta a fim de conseguir a tão desejada gravidez, sujeitam-se a procedimentos médicos complexos, gastam milhares de dólares e chegam mesmo a arruinar as carreiras que tinham até então construído com tanto esforço e empenho. Contudo e como veremos um pouco mais a frente, estes esforços são em geral despendidos tarde de mais.
Desigualdade
Na generalidade e ao contrário das mulheres, a probabilidade de ter filhos entre os homens é drasticamente mais elevada do que nas mulheres. Como demonstram os números no estudo apresentado por Hewlett “79% dos homens entrevistados gostariam de ter flhos e 75% já os têm”. Esta diferença fica ainda mais evidente