emprestimo linguistico
Mediante as palavras deste pensador russo, que posteriormente se tornou um dos maiores linguistas do século XX, de imediato as associamos ao caráter dinâmico do qual se perfaz a linguagem. À medida que o tempo passa, novos vocábulos vão se incorporando ao nosso discurso e permitindo que os relacionamentos humanos adquiram um perfil cada vez mais ativo e complexo. A título de constatação, analisemos alguns fragmentos inerentes a uma canção intitulada Samba do Approach, sob a autoria de Zeca Pagodinho e Zeca Baleiro:
Venha provar meu brunch saiba que eu tenho approach na hora do lunch eu ando de ferryboat
Eu tenho savoir-faire meu temperamento é light minha casa é hi-tech toda hora rola um insight
Já fui fã do Jethro Tull hoje me amarro no Slash minha vida agora é cool meu passado é que foi trash
(2x)
Venha provar meu brunch saiba que eu tenho approach na hora do lunch eu ando de ferryboat
[...]
Não dispenso um happy end quero jogar no dream team de dia um macho man e de noite drag queen
(2x)
Venha provar meu brunch saiba que eu tenho approach na hora do lunch eu ando de ferryboat
E não pensem que tal fato representa algo inédito, pois desde os mais remotos tempos ele denota uma representatividade acentuada. No caso da língua portuguesa – ápice de nossa discussão – aponta-se a incidência de palavras oriundas de línguas estrangeiras, mais precisamente de línguas célticas, germânicas e árabes no decorrer de sua formação na Península Ibérica. Logo após, com o advento das grandes navegações, empréstimos provenientes de línguas europeias, africanas, americanas e asiáticas tiveram seu destaque.
Atualmente, o que se pode constatar com extrema recorrência são os empréstimos derivados do inglês norte-americano, difundidas em sua forma original ou até mesmo aportuguesadas. Aportuguesadas sim, pelo simples fato de que passam por um processo de aportuguesamento fonológico e