Empresas
"Internacionalização não é panaceia." (PENNA, 1996, p. 16). A definição de internacionalização de empresas é a de "[...] um processo crescente e continuado de envolvimento de uma empresa nas operações com outros países fora de sua base de origem." (GOULART; BRASIL; ARRUDA, 1996, p. 21). Esta definição é ampla, abrangente e até obvia, porém, bastante boa para trazer um significado bem estruturado.
O fenômeno da internacionalização tem, obrigatoriamente, características evolutivas através de etapas que não podem ser atropeladas. Neste contexto, deve-se ter em mente uma evolução de mentalidades que nos leva do internacional ao transnacional, claro, de acordo com o tempo e a cultura da empresa. Neste contexto e, segundo Ruiz ([200-]) e Azevedo e Bertrand ([200-]) tem-se:
Empresa Internacional ─ as filiais suportam a matriz para conseguirem vendas adicionais ou obterem matérias-primas.
Empresa Multinacional ─ a filial internacional deixa de ser considerada marginal. Reconhecem-se as diferenças entre mercados e existe adaptação dos produtos e das estratégias de acordo com as condições locais. Tem-se maior liberdade de ação à gestão local.
Empresa Global ─ a criação de produtos para um mercado mundial, fabricados globalmente, em algumas, poucas, fábricas com elevados níveis de eficiência.
Empresa Transnacional ─ existe a necessidade de manutenção de uma eficiência global com capacidade de resposta a necessidades locais. É necessário que as filiais tenham capacidade de resposta às necessidades dos mercados respectivos. Os recursos estão dispersos, mas, são especializados, procurando-se obter eficiência e flexibilidade.
OPORTUNIDADES E AMEAÇAS, PLANEJAMENTO E RISCOS.
A decisão de se internacionalizar está ligada, de maneira geral, à preocupação da empresa em manter, fortalecer e ampliar sua penetração nos mercados-alvo e ganhar experiência gerencial e operacional. Entrar no mercado internacional costuma ser um caminho sem volta.