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– o Eixample, projeto arrojado na infra-estrutura sanitária, no sistema viário e no desenho de quarteirões integrados ao espaço urbano em praças internas. Treze anos depois, Cerdà publicou sua Teoria Geral da Urbanização onde consolidou os princípios técnicos da engenharia urbana que informaram por décadas os melhoramentos nas grandes cidades do mundo no início do século XX.
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O primeiro urbanista a efetivamente realizar um plano urbano a partir desse novo elemento, a circulação, foi Ildefonso Cerdà, com o Plano de Reformas de Barcelona de 1868, antes mesmo de Hausmman, que muitos tomam como o grande idealizador da cidade moderna. No entanto, a cidade do movimento já havia sido projetada e estava em execução bem ao sul de Paris. Apenas para que fique claro, até esse momento, as cidades, evidentemente, também eram projetadas com vistas a permitir o movimento. No entanto, não se podia falar em urbanismo como ciência, mas sim em arte urbana, baseada no pensamento clássico, a partir do qual o traçado viário estava subjugado às determinações arquitetônicas, não sendo pensado apenas para o trânsito, como forma de assegurar a circulação urbana e suas diversas formas, mas segundo práticas religiosas, sociais, culturais, políticas e simbólicas.
A importância da circulação para o urbanismo moderno e para a própria idéia de cidade e do modo de vida urbano foi brilhantemente tratada pelo geógrafo Max Sorre, já nos anos 1950
http://www.ambiente.sp.gov.br/cea/files/2011/12/Renato_Balbim.pdf
Proposta
A proposta de Cerdà para a cidade de Barcelona, aprovada inicialmente em 1859, apresenta uma intervenção completamente diferente. Os dois traçados urbanísticos básicos na época, a quadrícula e o radial – neste caso o segundo subordinado ao primeiro – eram sintetizados em um grande retângulo de sessenta por vinte