Empregabilidade
Parte 1 – Dos aspectos gerais.
O caminho ainda é a escola.
Netinho, cantor e apresentador de TV.
Com a mudança da relação capital versus trabalho e empregador versus empregado; e, por conta dos novos atores econômicos1, a realidade do emprego nas duas últimas décadas, no Brasil, vem mudando de foco e de face.
Nos séculos recentes os trabalhadores eram leais a seus empregos, as suas empresas e a seus empregadores.
Hoje a lealdade está “girando” em torno da empregabilidade que os trabalhadores possuem. Uma expressão que vêm conseguindo ratificar este conceito; e, que está sendo muito difundida entre os candidatos a trabalhadores no mercado de trabalho é o marketing pessoal.
Sem querer esmiuçar o termo acima, quero crer que o fenômeno que nos leva a ele é a questão da empregabilidade, ou a falta dela, diante de um mercado muito turbulento, veloz e que demanda das organizações competência, agilidade e flexibilidade.
E o que é empregabilidade?
O melhor método para prolongar a vida é trabalhar.
Hipócrates
No início do século passado e até a década de 90, o mercado de trabalho era outro. A vasta maioria dos trabalhadores era constituída por pessoas que trabalhavam com as mãos.
Posteriormente, o mercado de trabalho ganhou algumas nuances. Porém, até aí, bastava ter o conhecimento técnico específico relacionado à vaga, que o candidato estava contratado, sem pestanejar; e, tinha a seu favor, um emprego quase que vitalício.
Antes da Primeira Guerra Mundial, não havia sequer uma palavra para designar as pessoas que ganhavam a vida realizando atividades não-manuais. A expressão trabalhador do setor de serviços foi cunhada por volta de 1920, nos Estados Unidos. (Peter Drucker, 2001)
O modo de produzir, no século passado, por sua vez, era outro também. As empresas que possuíam uma estrutura de treinamento, focavam no adestramento.Todas as ações de treinamento limitavam-se a simulações ou a treinamentos