Empregabilidade e sociedade disciplinar
Ana Heloisa da Costa LemosI; Daniel Arbaiza RodriguezII; Vinicius de Carvalho MonteiroIII
I Doutora em Sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro - IUPERJ. Professora do Programa Pós-Graduação em Administração da Pontifícia Universidade Católica - PUC, Rio de Janeiro/RJ/Brasil Endereço: Rua Clarice Indio do Brasil 30/601, Flamengo. Rio de Janeiro/RJ. CEP: 22230-090. E-mail: aheloisa@iag.puc-rio.br
II Graduado em Administração de Empresas pela Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio de Janeiro - ESPM, Rio de Janeiro/RJ/Brasil. E-mail: danielarbaiza@hotmail.com
III Doutor em Ciências Políticas pelo IUPERJ. Professor do Programa de Pós-Graduação em Filosofi a da Faculdade de São Bento, Rio de Janeiro/RJ/Brasil. E-mail:viniciuscm@uol.com.br
RESUMO
O debate contemporâneo acerca das condições de incorporação dos profissionais ao mercado de trabalho vem sendo pautado por uma nova forma de conceber as atitudes dos indivíduos com relação ao trabalho, a qual tem no termo empregabilidade sua melhor tradução. Apesar de orientar as discussões atuais sobre as condições de inserção dos trabalhadores no mercado de trabalho, o termo empregabilidadeé controverso e impreciso quanto ao seu sentido, sendo valorizado de forma desigual pelos participantes do debate acerca das disposições comportamentais que são exigidas aos trabalhadores, vis-à-vis as transformações no mundo da produção. Esse caráter controverso e inacabado do discurso acerca da empregabilidade motivou a elaboração deste trabalho, que tem como objetivo central analisar, criticamente, o referido discurso. A análise apresentada baseou-se em conceitos apresentados por Foucault em alguns de seus textos clássicos, sobretudo em