Empregabilidade e gênero
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
CENTRO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA ORGANIZACIONAL
EMPREGABILIDADE E GÊNERO
ALICE DOTE
ABRIL/2013
FORTALEZA, CE
O presente trabalho consiste em uma pesquisa acerca da relação entre emprego e diferença de gêneros. A partir de uma breve introdução acerca do assunto, pretende-se analisar essa relação em seus contornos atuais, no Brasil e no mundo.
Inicialmente, é necessário entender o que significa “emprego”. O emprego é um fenômeno essencialmente moderno. Somente a partir da Revolução Industrial e da consolidação do sistema capitalista que o trabalho passou a ser entendido como emprego, como uma ocupação econômica. É nesse momento histórico que o trabalho/emprego adquire papel central em todas as esferas da vida humana, sendo, também, o principal critério para definir a significação social do indivíduo. Sendo assim, pode-se perceber a importância do emprego para a sociedade moderna e contemporânea. Obviamente, com o curso da história e as mudanças no cenário mundial, o trabalho e tudo o que é ligado a ele mudam de contornos, de acordo com a conjuntura socioeconômica, cultural, política e ideológica. No que se refere à relação emprego e gêneros, não é diferente. Gradativamente, as características dessa relação se modificaram e continuam se modificando. Para tanto, inicialmente, foi necessário que o “fatalismo, o “naturalismo” e o “determinismo biológico”, utilizados para justificar a posição inferior da mulher, fossem substituídos, através de crescente visibilidade da construção histórica e cultural do chamado “sexo social”.
Desde os primórdios, nas sociedades primitivas, já havia uma divisão natural do trabalho por gênero, onde as tarefas eram divididas claramente para homens e mulheres: aqueles deveriam caçar e essas deveriam dedicar-se a colheita e maternidade. Pode-se observar, ainda, que a definição das tarefas pelas quais as mulheres eram responsáveis estava relacionada às