Empreendorismo
Uma enquete realizada por VEJA.com mostra que 87,93% dos leitores do site são contra a obrigatoriedade do voto. Apenas 12,07% das 2 287 pessoas que responderam à pesquisa são a favor de que os brasileiros continuem obrigados por lei a comparecer às urnas. O voto obrigatório foi instituído pela Constituição de 1934 e já enfrentou mais de 20 projetos de lei ou propostas de emenda à Constituição que pediam seu fim. Em junho deste ano, a Comissão de Direitos Humanos e Participação Legislativa do Senado (CDH) converteu em proposta de emenda constitucional uma sugestão feita pela Associação Comunitária de Chonin de Cima (MG) a favor do voto facultativo. A proposição mantém a obrigatoriedade de ter o título de eleitor para efeito estatístico e de cadastro, mas livra o cidadão de votar. Cabe agora à Comissão de Constituição e Justiça da Casa analisar a questão. O relator da proposta na CDH, senador Eduardo Suplicy (PT), foi a favor do fim da obrigatoriedade. Em seu parecer, disse que o voto voluntário dificultaria a compra de votos. Para o cientista político Carlos Roberto Horta, professor da Universidade Federal de Minas Gerais, em grande parte do país o ideal seria a adoção do voto facultativo, porque o comparecimento às urnas ainda se manteria alto. Quanto à compra de votos, ele acredita que haveria diminuição, mas "não em um volume tão decisivo". Congresso - Na Câmara dos Deputados tramita uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do deputado federal licenciado e candidato à prefeitura de Aracaju Mendonça Prado (DEM) que tornaria o voto facultativo. "É mais importante para o país que o eleitor não manifeste apoio a candidato algum do que manifeste por alguém que não conhece, apenas porque é obrigado", disse Prado. O candidato acredita que o voto facultativo tornaria o eleitor mais consciente e interessado na cena política. O senador Álvaro Dias (PSDB) apresentou, em 2003, uma PEC que também previa a adoção do voto facultativo. Dias