Empreendimentos de infraestrutura
Alessandro Borges, diretor da ANEINFRA (Associação Nacional dos Analistas e Especialistas em Infraestrutura): China consegue construir tudo a baixo custo.
A megaobra custou o equivalente a R$ 85 milhões por quilômetro. O preço final foi de R$ 3,59 bilhões. Por cruzar um trecho de mar com fortes ondas, a ponte é sustentada por mais de 5 mil pilares e consumiu 450.000 toneladas de aço – o suficiente para quase 65 Torres Eiffel – e 2.300.000 metros cúbicos de concreto, o que daria para encher 3.800 piscinas olímpicas. Outro marco do empreendimento é o túnel submarino em que a ponte se transforma quando chega a Qingdao, percorrendo 3.950 metros abaixo do nível do mar.
Depois desta obra, que foi inaugurada no final de junho de 2011, a China já se prepara para iniciar outro desafio à engenharia: em dezembro começará a construção da ponte que ligará Hong Kong a Macau, ao custo de quase R$ 15 bilhões. O valor é mais elevado do que o complexo Qingdao Haiwan, porque paralela à ponte haverá um corredor de transporte público (veículo leve sobre trilhos). O projeto terá 29,6 quilômetros de extensão, incluindo um túnel de 6,75 quilômetros. A previsão é que esse novo megaempreendimento fique pronto em 2016.
Comparando com o Brasil, o tempo de construção e o custo das obras de infraestrutura na China são infinitamente menores. Um exemplo é a ponte sobre o rio Negro, em Manaus, que mede 3,6 quilômetros e começou a ser erguida em 2007 – mesmo ano da que liga Qingdao a Huangdao -, mas ainda não está pronta. A previsão