empreendedorismo
08 de fevereiro de 2014 | 17h 04
MURILO RODRIGUES ALVES - Agencia Estado
SÃO PAULO - Sete de cada dez brasileiros que abrem uma empresa tomam a iniciativa por identificar momento favorável para ganhar dinheiro sendo donos do próprio negócio. Em 2002, apenas 42% das pessoas abriam uma empresa por acreditar na demanda de mercado, enquanto os demais viam o empreendedorismo como necessidade, principalmente por não encontrar emprego. Em 2013, esse índice que mede o empreendedorismo por oportunidade subiu para 71%, o maior em 12 anos.
Os dados são da pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor), feita em 68 países, sob o comando da London Business School e Babson College. No Brasil, é patrocinada pelo Sebrae e realizada pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foram ouvidas 10 mil pessoas de 18 a 64 anos, de todas as regiões, e 85 especialistas em empreendedorismo. O Estado publica as conclusões do levantamento com exclusividade.
O Brasil teve o melhor desempenho no ranking de empreendedorismo por oportunidade entre os países dos Brics (grupo que reúne, além do Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul). O indicador brasileiro também não ficou muito atrás das chamadas "economias maduras", como Estados Unidos (78%) e Reino Unido (84%).
Quase metade dos novos empreendedores tem pelo menos o segundo grau completo. Entre os novos empresários que estão cursando ou já completaram o ensino superior, 92% iniciaram o negócio por oportunidade. Segundo Luiz Barretto, presidente do Sebrae, o aumento da escolaridade é um dos fatores que mais fortalecem o empreendedorismo no País. "O brasileiro passou a olhar o mercado, enxergar uma oportunidade para abrir sua empresa e, o mais importante, se preparar para isso", diz.
O aumento da escolaridade contribui para que o índice de sobrevivência das empresas continue se expandindo nos últimos anos. De acordo com dados do