Empreendedorismo
Quando o empreendedor brasileiro enxerga uma oportunidade no mercado e quer iniciar um negócio, o setor de serviços orientados ao consumidor tem a preferência de 70% dos casos. Porém, essa não é uma tendência só do empreendedor brasileiro, de acordo com a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2009, nos 54 países participantes do GEM, a maioria dos empreendedores também busca atender o consumidor. O que nos chama a atenção é que o empreendedor brasileiro não é inovador.
Há várias abordagens sobre inovação, mas para a pesquisa GEM são focadas duas medidas: a novidade do produto para o mercado e o nível de competição a ser enfrentado. Esse enfoque é para empreendedores em estágio inicial, aqueles que iniciaram um negócio mas ainda não completaram três anos e meio de rendimentos com o empreendimento.
Na pesquisa realizada pelo GEM no mundo é perguntado ao empreendedor se o produto ou serviço que ele oferece ao mercado é novo, ou já é conhecido pelos consumidores, e se ele enfrenta forte concorrência ou não.
No Brasil apenas 5,5% dos empreendedores oferecem um produto novo, 11% dizem que seu produto ou serviço é novo para uma parte do mercado, e 83,5% (mesma proporção do ano anterior) não consideram seus empreendimentos nem seus produtos ou serviços baseados em inovação. Com relação à competitividade dos negócios, para 67,5% dos empreendedores a concorrência é alta, 26,5% enfrentam uma concorrência razoável, e apenas 6% são pioneiros, atuando em segmentos ainda inexplorados.
Ao analisar essas duas variáveis, combinando a novidade do produto e o tamanho da concorrência, dentre os 54 países pesquisados o Brasil é o que possui empreendimentos com menor conteúdo inovador. Essa constatação mostra que a dinâmica do mercado brasileiro ainda é doméstica. Dados do GEM Brasil também revelam que a maioria (89,5%) dos nossos empreendedores não busca consumidores fora do país. O empreendedor brasileiro