Empreendedorismo
Caso Vassourinhas
Vassourinhas não tem uma educação de qualidade em Administração. Apesar disso tornou-se um próspero pólo regional de agronegócios. A cidade está prosperando: novas lojas, restaurantes, construção de prédios de apartamentos espalham-se pela cidade.
Um grupo de jovens investidores, liderados por Thiago, o capitão do time nos tempos de colégio, decidiu criar um novo negócio que servisse para estimular o empreendedorismo na cidade: uma escola para cursos de gestão empreendedora de pequenos negócios.
Com um baixo investimento (R$ 100.000,00) seria possível lançar o negócio e iniciar a primeira turma de curso em 6 meses. Um estudo de mercado selecionou público jovem (18 a 28 anos de idade), das classes A e B, moradores na região de Vassourinhas e imediações. No primeiro ano seria possível atingir 90 jovens, 120 no segundo ano e 150 a partir do terceiro ano.
A limitação principal era o preço do curso, considerado elevado para o padrão da região. “Impossível cobrar mais pelos cursos”, afirmava Thiago. Mas ele não queria sacrificar a qualidade: sonhava com um ensino de excelência, instalações inigualáveis, professores egressos da FGV, apostilas com muito conteúdo e convênio com incubadora para o financiamento dos projetos dos alunos. Tanto acreditava na qualidade, que Thiago já havia alugado um espaço (antigo cinema) capaz de conter 4 salas de aula e um grande auditório, com um custo mensal de R$ 10.000 para a operação e manutenção.
Foi sugerido a Thiago reduzir a carga horária do curso: de 120 para 80 horas de duração, sem reduzir o preço na mesma proporção. Thiago está em dúvida: “o ótimo é inimigo do bom”, pensa. Mas se não for para fazer bem feito, o negócio perde a graça – educação é coisa séria.
Thiago conduziu uma reunião de grupo focal com 8 alunos em potencial. Percebeu que eles não gostam de ler, preferem aulas vivenciais e com muitos estudos