empreendedor
Quando percebi que o negócio poderia dar certo, passei a tomar mais cuidado com a produção, até então feita na cozinha de casa. Passei a selecionar as frutas e a testar várias vezes a receita, até encontrar o ponto ideal. Essa parte de acertar o ponto do sorvete foi bem difícil. Anotava tudo com precisão, para fazer igual da próxima vez.
A procura pelo sorvete só foi aumentando. Minha família e eu passávamos a noite toda na cozinha, fazendo picolé para vender na praia no dia seguinte. Comecei a estudar sobre sorvete, a frequentar feiras para me informar como poderia profissionalizar o negócio. Numa feira em São Paulo, conheci seu Ademar, um instrutor de sorveteiros. Ele me ajudou muito. Me ensinou a comprar os produtos certos, me passou informações sobre o mercado, sobre como eu poderia fazer meu negócio crescer.
Fiz empréstimo para comprar as máquinas e o material necessário. O problema de vender sorvete na praia é que você depende do clima. Logo no começo, teve um ano em que choveu durante três feriados seguidos. Pensei em desistir. Não é fácil ter de contar com a boa vontade do tempo para um negócio. Tive vários momentos de desânimo. Mas os clientes sempre incentivavam. Diziam que nosso sorvete estava melhor que o da concorrência, que não deveríamos parar.
Em 1996 , comprei a marca Rochinha, que já existia. Não tive um lucro grande nos