Empreededorismo
FATOR HUMANO
Empreendedorismo corporativo O
ambiente competitivo em que vivem hoje as empresas lhes impõe a necessidade de diferenciação contínua, seja por meio de produtos ou serviços inovadores. Ocorre que a inovação está diretamente ligada à existência, dentro da organização, de profissionais capazes de empreender e de seguir adiante com suas idéias mesmo quando as circunstâncias são desfavoráveis. O artigo destaca a importância dos empreendedores internos no fomento à inovação e à competitividade da empresa.
IMAGEM: DANIELA MOUNTIAN
por Tales Andreassi FGV-EAESP
Há quase um século, um jovem de apenas 28 anos de idade escreveu um livro que se tornaria um clássico em nossos dias. Neste livro, ele enuncia um dos temas que hoje mais interessam a executivos e gestores de recursos humanos. Para Joseph Alois Schumpeter, a força motora para
as transformações no sistema econômico capitalista era o empreendedor. Para ele, este último tinha a missão principal de inovar, de encontrar novas formas de organizar os fatores de produção existentes, o que resultaria em um novo produto, na exploração de um novo mercado, na
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FATOR HUMANO: EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO
tizado ao longo deste artigo –, pode ser entendido, em linhas gerais, como a capacidade que os funcionários de uma empresa têm para agir como empreendedores.
Apesar de relativamente novo no Brasil, o termo intraempreendedorismo foi cunhado há pelo menos duas décadas pelo norte-americano Guifford Pinchot. Para ele, o intra-empreendedor é aquele que assume a responsabilidade, e os desafios correspondentes, pela criação de inovações de qualquer espécie dentro de uma organização.
Mas essa definição pode levar a uma confusão muito comum. Referimo-nos aqui à crença de que o empreendedor é uma espécie de super-homem, ou gênio solitário, capaz de encontrar soluções inéditas a