Empowerment
O Empowerment é um conceito multifacetado, com diferentes significados para diferentes pessoas. Tem associações académicas, retóricas e radicais. Mas nenhuma destas ideias é dominante. Porque, na verdade, não existe uma única e imperativa definição de empowerment, mas sim várias.
Gutiérez in Miley, (1999) define o empowerment como um processo de aumento de poder pessoal, interpessoal ou político, de modo a que indivíduos, famílias e comunidades possam agir de modo a melhorar as suas situações.
Por sua vez, algumas das pessoas que recorrem aos serviços defendem que a genuína definição de empowerment não deve partir de livros e narrativas escritas por académicos. Defendem que o conceito deve ser continuamente redefinido e reconstruído não apenas por profissionais mas também pelas acções e palavras das pessoas que já experienciaram, que são particularmente vulneráveis e excluídas, que pretendem um melhor controlo sobre os serviços que recebem.
Portanto, como referi, o empowerment significa de facto diferentes coisas para diferentes pessoas. Mas no Serviço Social, precisamos de uma definição adequada e prática que nos permita guiar as nossas acções. E o dicionário de Serviço Social começa precisamente por ligar o conceito de empowerment ao conceito de auto-ajuda, dizendo que: o empowerment pode referir-se à participação nos serviços e movimentos de auto-ajuda, nos quais grupos desenvolvem acção no seu próprio nome, seja em colaboração com ou independentemente dos serviços legais. Significa isto que os sujeitos não necessitam de ter aprovação de determinadas instituições para levar a cabo os seus princípios.
Portanto, literalmente o empowerment significa: tornar-se poderoso. Mas em Serviço Social tem um significado mais amplo. Robert Adams diz-nos que o Empowerment está de braço dado com a Teoria e com o Método. Com a teoria porque respeita à forma como as pessoas ganham um controlo colectivo sobre as suas vidas. O método porque é