empirismo de locke e hume

1336 palavras 6 páginas
O empirismo de Locke e Hume

A afirmação de Descartes de que já teríamos ideias gerais inatas em nosso espírito não agradou em nada um grupo de filósofos conhecidos como empiristas, que procuraram provar que todas as nossas ideias e concepções têm origem na experiência. A palavra empiria vem do grego e se refere ao conhecimento que adquirimos não a partir do raciocínio lógico, mas da experiência sensível. Para os empiristas, todo nosso conhecimento tem sua origem na experiência, embora não se reduza a ela. Um dos grandes precursores da filosofia empirista na Era Moderna foi John Locke (1632-1704) que além de filósofo foi também médico.
Para Locke, nossa mente é como uma folha de papel em branco na qual as impressões sensíveis vão se depositando. Através de processos mentais, essas impressões sensíveis vão se transformando em ideias. “Precisamente o que distingue uma ideia de uma impressão é que a ideia é menos vivaz, tem menos força do que uma impressão”. É como pensar em uma pessoa conhecida, nossa mãe, por exemplo, imediatamente nos vem a imagem da pessoa, seu jeito, a expressão do seu rosto, e talvez até possamos sentir um odor agradável que nos leva diretamente a nossa infância. Mas quando penso na ideia geral de homem, ou de ser humano, não penso em ninguém em particular, talvez sobre apenas uma silhueta sem rosto, sem cor da pele, ou seja, toda a vivacidade vai embora. Assim, nossas ideias são compostas a partir de impressões, sem elas, nossa mente permaneceria vazia. Nas palavras do próprio Locke:
Suponhamos então que a mente seja, como se diz, um papel branco, vazio de todos os caracteres, sem quaisquer idéias. Como chega a recebê-las. De onde obtém esta prodigiosa abundancia de idéias, que a ativa e ilimitada fantasia do homem nele pintou, com uma variedade quase infinita? A isto respondo com uma só palavra: da EXPERIÊNCIA. De onde tira todos os materiais da razão e do conhecimento.

Por exemplo, poderíamos achar que 5 + 5 = 10 é uma verdade

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