emoções no esporte
20/0118Por Miguel Lucas em Psicologia do Desporto
As suas emoções ajudam-no ou prejudicam-no no calor da competição? As emoções durante uma competição podem contribuir para a excitação, mobilização e euforia ou para a frustração, raiva e decepção. As emoções são tremendamente poderosas, para o bom e para o mau, podem prejudicar a performance depois do atleta as ter sentido, ou pelo contrário, potenciar o seu desempenho. As emoções têm o poder de ditar a qualidade de execução do atleta durante a competição.
As emoções negativas podem ser críticas durante a competição e prejudicarem o desempenho físico e mental. Numa fase inicial elas fazem com que o atleta perca o seu foco principal interferindo no grau de mobilização energética, aumentando a excitação emocional. Com o atleta num sentimento de frustração e irritação, a intensidade sobe e conduz a uma elevada tensão muscular, dificuldade na respiração e uma possível perda de coordenação. Há um pico energético seguindo-se uma perda descendente de energia. As emoções fazem com que o atleta gaste a sua energia mais rapidamente provocando o cansaço prematuro. Com a continuação do ciclo catastrófico, o desespero e o desamparo instala-se, a intensidade cai drasticamente e o atleta fica sem as capacidades físicas para uma boa execução.
Quando o atleta se encontra num estado de instabilidade emocional, as emoções disparam um conjunto de pensamentos depreciativos e incapacitantes. O atleta é afetado na confiança das suas habilidades para um bom desempenho, interferindo na obtenção dos resultados desejados. A confiança vai caindo e o atleta entra num ciclo de pensamentos negativos que comprovam as emoções negativas que sente. Dado que as emoções atingiram um estado de incapacidade elevado, o atleta irá sentir dificuldades de concentração naquilo que o pode ajudar a executar corretamente. As emoções negativas funcionam como um íman, agregando a atenção do atleta aos aspetos negativos do