Emissora sbt
As câmeras que equipavam os estúdios da Central de Produções da Vila Guilherme e do Teatro Silvio Santos eram basicamente câmeras de tubo plumbicon marca RCA, modelo TK-46, com lentes Schneider-Kreuznach, caracterizadas por sua coloração bege-cinza e suas faixas azuis e pretas (essa pintura vinha de fábrica). Além destas, havia outras utilizadas em externas e nos ombros de operadores, notadamente modelos portáteis americanos da RCA e japoneses da Ikegami.
As primeiras câmeras TK-46 chegaram em 1978 em substituição às TK-45, um modelo anterior, que foram perdidas no incêndio do Teatro Manoel de Nóbrega, na Pompéia. Depois que este auditório se incendiou, a TV chegou ao antigo Cine Sol, no bairro do Carandiru. Inicialmente, as câmeras TK-46 tinham sido encomendadas para equipar a TV Record, que na época pertenciam ao Grupo Silvio Santos.
As TK-46 estiveram presentes no Teatro Silvio Santos entre 1978, ano de sua inauguração, até meados de 1994, quando foram substituídas por modelos Ikegami HK-355A, equipamentos muito mais modernos. Desde então, as velhas RCA foram para o almoxarifado técnico e, depois, algumas delas passaram a ficar em exposição permanente na Galeria da Fama, espécie de museu dedicado à emissora, num dos saguões do Centro de Televisão da Anhanguera.
A família de câmeras TK-44 a 46 foi uma das mais bem sucedidas linhas de gravação profissional da RCA no mundo inteiro. O modelo TK-45, muito parecido com o 46 e com ele confundido até pelo SBT, que assim identificou a câmera numa placa na Galeria da Fama, também foi utilizado pela emissora e, no México, fez as gravações de Chaves e Chapolin, na metade final da década de 70, na Televisa.
Duas câmeras encontram-se expostas no SBT. Uma delas possui um número 1 dentro de um círculo vermelho, característico das câmeras utilizadas no Teatro Silvio Santos, e a chamaremos de #1. A outra não possui número algum identificando-a, podendo ter sido usada na Vila Guilherme.
A #1 era