Embriologia do Intestino Posterior
O epitélio dos dois terços superiores do conduto anal se deriva do intestino posterior endodérmico. O terço inferior se transforma a partir do proctodeu ectodermal ou fosseta anal. A união do epitélio derivado do endoderma do intestino terminal e o ectoderma do proctodeu é indicada por uma linha pectínea e irregular, localizada no limite inferior das válvulas anais. Essa linha também indica de uma forma aproximada o antigo local da membrana anal, que se rompe na oitava semana. As outras capas da parede do conduto anal se derivam do mesênquima esplênico que as rodeia. (GEMONOV, 1990)
A origem dupla do conduto anal se evidencia mediante sua irrigação sanguínea, drenagem venosa e linfática e inervação. Seus terços superiores estão irrigados principalmente pela artéria retal superior, que é a continuação da artéria mesentérica inferior (artéria do intestino posterior). A drenagem venosa desta parte se realiza, principalmente, mediante as veias retais superiores, tributarias da veia mesentérica inferior. A drenagem linfática dos terços superiores do conduto será realizada pelos gânglios linfáticos mesentéricos inferiores. (GEMONOV, 1990)
O terço inferior do conduto anal que se deriva do proctodeu ectodermal está vascularizado pelas artérias retais inferiores, ramos das artérias pudendas internas. A drenagem venosa desta parte inferior se da mediante as artérias retais inferiores, tributárias das veias pudendas internas, que drenam para as veias ilíacas internas. A drenagem linfática desta parte do conduto é feita pelos gânglios linfáticos inguinais superficiais. (GEMONOV, 1990)
A inervação dos terços superiores do conduto anal será através do sistema nervoso autônomo, menos o terço inferior que será invervado pelo nervo retal inferior através do plexo sacral. (GEMONOV, 1990)
As diferenças mencionadas com respeito à drenagem venosa, linfática e invervação do conduto anal são de extrema importância clínica, como por exemplo, quando se analisa a